quarta-feira, 29 de setembro de 2010

     A voz começou a ficar rouca. Saiam só palavras embaralhadas, coisas sem sentido algum, que falando parecia até o oposto do que queria dizer. Mas, foi.   Disse o que não queria, sem querer, só por não pensar em como dizer direito, e fez uma burrada. Após falar, as vozes calaram-se, veio o silêncio absoluto. Não saía mais nada. E só pensava, junto ao silêncio, que devia ter aproveitado o vestígio de voz que ainda possuía para falar direito, o que realmente queria, o que realmente sentia. Mas, não. Burra. É, burra. Sentia-se uma idiota por esquecer de pensar antes de falar qualquer vírgula, qualquer ponto ou ficar em qualquer silêncio que fosse. Magoou-se. Magoou, também, quem menos queria. Só por não saber falar, por não entender nem o que ia falar, por ter embaralhado as palavras.   Desligou sem nem poder se despedir. A voz rouca tornou-se soluço...vieram lágrimas. A dor tomou o espaço, na verdade, tomou um vazio tornando-o espaço. O espaço do ''eu te amo''.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quase nada.

"Se tudo passa, como se explica o amor que fica nessa parada e o amor que chega sem dar aviso?"











(Zeca Baleiro)