quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Norte.

     Por quantas vezes nos decepcionamos e jogamos tudo para o alto, inclusive a nossa fé? Temos a deprimente e lamentável mania de pensarmos que o nosso bem é feito a partir do que queiramos que seja feito, baseando-nos em nossas próprias idéias egocêntricas do que nos seria benéfico. Lamentalvelmente, somos humanos e, mais lamentavelmente, tendemos ao erro. Só que nosso erro não é o que faz com que aquilo em que acreditamos nos abandone. Aqui, eu falo do meu Deus. Cada um tem um deus, não falando no sentido religioso, mas, no literal, no sentido de crença e fé. Lembrando que ter fé, ter crença em algo, não é exatamente uma religião. Podem pensar que não é o mesmo deus, mas, peraí... o seu deus não é aquele ao qual você pede proteção, alívio, amor e saúde? Então, como é que o seu não é o meu, o dele, o dela, o dos outros? Vendo assim, por esse lado, acho que é sim.
     Falando religiosamente agora, eu creio em Deus acima de todas as coisas. É, neste momento pode soar egocêntrico por estar falando de minha crença, daquilo que é meu, mas, por também ser seu, passa a não tender tanto o egocentrismo assim como imaginou. E mesmo que com certo egocentrismo, digo: o meu Deus não me abandona, assim como Ele não lhe abandonará... Começo a falar-lhe sobre isso porque há algo que vem martelando em minha cabeça, porém, não quer sair de forma alguma e só sairá se eu expressar. O que vejo é que nós temos uma crise sempre que nos deparamos com uma situação de risco, uma situação em que envolve muitos obstáculos e, por isso, ficamos descrentes daquilo que sempre tivemos bastante fé. É aí que vem a minha e, talvez, sua religião... dizemos que Ele nos abandonou, mas, ao passarmos da fase, vemos que Ele estava, não ali, mas, aqui. E quem abandonou quem, afinal? Fomos nós. O nosso Deus nunca nos deixou, pelo contrário, é por Ele que vamos para frente, para o norte. Ele é o nosso norte.