domingo, 7 de fevereiro de 2010

À primeira vista.

   Entrou quase junto dele naquele lugar. Estava ao seu lado. Ela o acompanhava, como se fosse para o mesmo lugar... mas, não ia. Quase errava o caminho. Retornou, não o esquecendo. Passaram-se horas... Estava prestes à entrar. Já sentia frios, calafrios, calores, dores, tremores. E ele entrou. O local frio tornava-se quente. Ahh,... ele! A deixava inquieta. Às vezes, olhava sorrindo, como se falasse só com ela. Ele a olhava nos olhos, como se seus olhos pudessem puxá-lo. Talvez ela o tenha desnorteado com seu olhar.  Ele a seguia com seus olhos. Parou. Voltou para o que devia fazer. Se falaram. Era como se estivessem esperando qualquer pretexto para conversarem - e ele foi até ela, sorrindo. O coração dela estava acelerado. Seus olhos não conseguiam se fixar nos olhos dele. Os olhos dele? Também não. E ali, foi o primeiro toque. O toque de suas mãos a fazia delirar. Ele a olhou nos olhos, sorriu... E foi assim, sem conseguir passar 10 segundos sem olhá-la. Até os 10 segundos atingiram horas. Foram as horas mais rápidas de sua vida. Ele estava indo embora. Ela gritou seu nome. Ele  virou, sorriu e seu olhar parecia sorrir também. Foi embora. Aparece outra vez. Passa ao seu lado olhando-a,  como se quisesse falar mas lhe faltasse a coragem e quase bate no braço dela para chamar a atenção...mas, não bate. Se encolhe e segue. Ela sorri e fica tensa. Ele atravessa a rua e desaparece, mesmo com seu carro ali. Ela o procura, e o acha. Ela não podia vê-lo, mas ele estava a observá-la. Ele entra em seu carro. Sai. E antes de virar a esquina, coloca o braço direito no banco direito do carro e vira seu pescoço de forma que seus olhos possam alcançá-la.  Assim, ele pôde ir embora.  E desde lá, ela continua sorrindo, só que não é mais para ele, mas porque encontrou ele. Logo ela, que havia se desacreditado dos príncipes encantados...

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