domingo, 31 de janeiro de 2010

Noturno.

   Olhar sólido, duro, frio. Palavras amargas. E embora não haja silêncio - por mérito óbvio das palavras -, há dor. Sofrimento. Mágoas. E há...vazio. Vazio. Vazio. Perde-se o alguém. Perde-se o amor. Perde-se todo ele. E não há mais beleza. O sol não irradia mais a luz intensa que havia até em noites de chuva, como quando havia amor. Noite. Boas coisas vêm. Mas, o tempo leva tudo. O tempo parece ter pressa.Vem frustração, como se não houvesse eternidade. E o tal clichê do "Nada é eterno" cairia bem, não? Não é morte. Pensando bem, não sei... Mas, é morte. Porém, morte de sentimento - a mais dolorosa, que mata aos poucos e com muitos...muitos copos, muitos colos, mas, muitos silêncios. E morre o amor, trazendo a total desesperança. E não há motivo para crer no 'viver', já que só se crê em existir porque o coração ainda bombeia sangue. Solidão. E parece que o túnel chegou, realmente, ao seu fim. O amor desaparece em sua frente. Os olhos deixam cair um pranto do coração, feito sangue. Pranto. Pranto, que não deixa os olhos olharem, e os molha. Não há crença. Não há a mesma paixão boba, que nos deixa bobos. Tudo ilusão! Momentos, lembranças e mágoa. Solidão...  
           Ah, coração alado!

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