quinta-feira, 17 de junho de 2010

Junho pluvial.

     Após dias e mais dias, a chuva não cessava. Dias. E não cessou. Nunca gostei de chuva. Certo, gosto só quando estou embaixo de um cobertor, em minha cama, num fim de semana e com um pote de sorvete, como a Bridget Jones. Mas, infelizmente, não nasci com a incrível habilidade de gostar de ficar toda molhada enquanto espero um ônibus, molhar a calça ao sentar num banco molhado, ficar a cara da Samara de "O Chamado",  sentir sono durante uma aula, acabar com os planos de ir à praia, acabar com o churrasco, ou de ser deixada na mão por um guarda-chuva que quebrou. A única coisa que me agrada é o frio e aquela boa sensação de calma. Mas, como Murphy não vai muito comigo, a cidade parece estar em constante sol, mesmo com chuva, e parece um batidão de funk... ou seja, muito calor e transtorno.
     Porém, num dia, tudo estava diferente. Estava tudo tão diferente naquele dia, que mesmo se houvesse um toró, não sentiria a chuva. O dia estava ensolarado. Apesar do sol escondido, um grande sol se fazia ali. Eu me fazia sol. Você me fazia sol. A gente estava sol. E só sei que, aquele dia, foi diferente. Nem de guarda-chuva , fciar com a calça seca, ficar de cabelo bonito, ir à praia ou a um churrasco, nem precisava ter um guarda-chuva que prestasse. Eu tinha um sol na chuva.  Tinha tudo. Naquele dia, eu gostei da chuva. E nem sei bem por que...não sei.


"Deixa que esse verão eu faço só.
Deixa que nesse verão eu faço sol."

Nenhum comentário:

Postar um comentário