segunda-feira, 14 de junho de 2010

Que porra é essa?!

     Estava em aula, numa segunda-feira, enquanto uma professora falava algo sobre o amor, sobre o romantismo, sobre cavalheirismo. E eu, puramente romântica, falei docemente: 
- Que porra de amor, homi. Amor não mais existe!  
     Minhas amigas, que são completamente apaixonadas pelos namorados, me repreenderam com um olhar de desprezo, bem direto e bastante frio.  Uma delas falou: 
- Essa é boa. Olha quem fala! Você é toda romântica, que chega a ser melosa.

     Certo, não usei bem as palavras. É, continuo sendo aquela mesma adepta ao romantismo à moda antiga, cheio de flores, amores, poesias, serenatas, olhar nos olhos, passeios na praia, mãos dadas, dança lenta com rosto colado, relacionamentos verdadeiros e duradouros, suspresas, abrir porta de carro, bilhetinhos, ombros ocupados pelos braços do amado, e tudo aquilo mais que os "moderninhos" julgam pieguice, caretice ou seja lá o que julgem - não me importa o que pensam. Elas se surpreenderam com minha afirmação pelo simples fato de não compreenderem sobre o que eu realmente falava, sem tentarem andar na minha linha de raciocínio "insensível". Gente, sou do tipo que se amolece com bebês, com olhares, sorrisos, palavras, pequenos gestos, detalhes, aromas, lembranças, fotos, cartas, tickets de cinema,... Choro com músicas, filmes e propagandas de biscoito - é verdade, não é só o de margarina que pode ser emocionante. Modestamente, insensível é uma característica que não convém a mim, pode ter certeza.
     O que eu quis dizer é que, infelizmente, a modernidade cria uma banalidade enorme em cima dos relacionamentos. Vivemos num momento em que o "eu te amo" é dito da mesma forma em que se pronuncia "oi", sendo automático; namoros vêm e vão a 120 km/h; ficar por ficar, o que inclui a pegação geral; infidelidade; deslealdade; relação descompromissada e vulgaridade. Um "eu te amo" falado da boca para fora não é romantismo.  Só  pedir em namoro no dia dos namorados não é romantismo. Só usar um anel de compromisso não é romantismo. Quer dizer, são românticos, mas quando há verdade nos atos.  Tudo depende  dos atores da peça para que o espetáculo seja aplaudido pela platéia. Desculpe-me pela sinceridade, mas, é a verdade. 
     Não é preciso um discurso, um anel, um pedido, um presente, ou algo assim, para que haja romantismo.  Precisa de duas pessoas, e "só". Cara, quando você ama, você se torna um pateta, um tolo, um panaca. Acredite: amar verdadeiramente a ponto de se tornar um imbecil - no melhor sentido das palavras, se é lá que há - é isso que é romântico. Então, menos hipocrisia e mais verdade. Mais amor. Ame. Seja idiota. Guarde o seu "eu te amo" para o seu amado-alguém. Guarde o seu "eu te amo".

5 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkk só vc msm pra falar td na cara, amiga. Bjuss

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  2. Não concordo quando você diz: "guarde o 'eu te amo'". Você tem que considerar que o VALOR do eu te amo que está vulgar, e não o "eu te amo". A declaração quando é verdadeira não é pra ser guardada. E não existe apenas um amor na vida; existe um amor PARA A VIDA TODA, que seria a pessoa que morreria com a gente. O ser humano pode amar várias vezes. O amor é uma virtude e nós podemos aprender a amar várias pessoas.

    Ivalter José

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  3. Tinho, releia e reveja seus conceitos... perceba que o que eu disse é exatamente a questão que você abordou. Deixe de ser trouuxa, meu irmãão! Nem lê direito e fica vindo aqui só pra malhar, né bonitinho?! te conheço, broto! :P

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  4. Pq não age por base de seus argumentos? :)

    Ivalter José

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  5. Eu ajo, só que se você sente de verdade, deve falar. Eu amo, eu falo. (:

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