domingo, 7 de março de 2010

Amor escondido.


    Em meu seio, carrego mazelas. Em teu seio, não sei se algo carregas. São muitas as saudades que me traz o tempo. Seio cheio, olhos cheios. Tão cheio seio, que está a ponto de transbordar minhas dores até por meus olhos. Por meu salgado pranto transborda o amor demasiado, a demasiada dor. Escondo-me. Fecho-me. Compreendo-me, mesmo que recanto. Sinto-me disperso, e me despeço de teu  mais belo canto. Não sabes, porém, não desejo que saibas. Minha mais profunda dor haverá de ser só minha, até  mesmo no instante em que quase não suporte carregá-la mais. E quando não mais suportar, irei ao teu encontro. Falarei de meu sofrimento, de meu amor escondido, enstristecido.  Falarei de minhas prosas, rimas, poemas, versos, crônicas, livros, papeis e letras. Mesmo que baixinho, falarei. Em sussurros, falarei de meu amor. Do mais verdadeiro e obsoleto amor. Aquele amor que sempre estará escondido em mim.

                                                         "Pássaro mudo, longe do ninho, sem forças para voar."

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