terça-feira, 23 de março de 2010

Sussurros.

   Como num sopro, as palavras voaram, perderam-se no ar. Murmúrios, sussurros, ruídos, bulícios, burburinhos, ...  Enfim, o silêncio. O silêncio que silencia até as palavras mais longas, e que prolonga os minutos já prolongados. Num fim de tarde, as palavras voltam. Palavras proseadas, sussurradas pelos teus sussurros mansos. Sussurros que baixam o sol, baixam o mar, baixam minh'alma. Estribeiras que perdem-se. Portas abrem-se. Portas de um coração levemente magoado, que se dispôs a curar-se em teu colo. E em teu colo, ouço batidas aceleradas de teu coração, enquanto me falas de um possível amor. Em sussurros, me falas de amor. Brisas e ondas levam tuas palavras, mas, mesmo assim, ainda me sussurras o amor.

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