quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Abalo sísmico.

    É como um abalo, um terremoto. Tudo vira e cai sobre você. Uma dor, uma perda,...e lágrima passa a ser mera formalidade. Gritos intercalados por soluços. Palavras intercaladas por lágrimas. E sussurros intercalados por silêncio. Pior que qualquer coisa, que qualquer murmúrio. Tendo em vista um vulcão, pode ocorrer uma erupção a qualquer momento, é só deixar a lava esquentar. Mas, a questão é: o que dói não é a quantidade de punhaladas, mas, o tamanho e por quem lhe feriu. Minutos, horas, talvez, mas, de puro sadomasoquismo. Momento de uma tal simpatia a sinestesia,  tendo vínculo o paladar e a visão, de alguma forma. Podemos falar que sentimento é um sentido vital? Se sim, ele também entra em sinestesia. O gosto salgado corre pelos olhos, desce a boca e se desvaire pela cobrança abalável da pulsação cardíaca. Ideais, escrúpulos, medos, amor e confiança, tudo em jogo, por um deslize, por uma "bobagem". Certo, nem tanto assim. Proteção demais dada... Nenhuma bobagem! Quer dizer, bobagem do ato, sim. Uma mudança, então! Por favor, uma mudança! Pode até não ser dita com todas as palavras, mas, para um bom entendedor, olho no olho basta, e tantas palavras, então, são o suficiente, pra se saber quais os tipos de mudanças são esperadas. Espera-se a retirada desse gelo, para não haver mais gritos, para não haver mais avalanches.  Espera-se a real mudança, a mudança que quero ver. Esperamos que seja feito aquilo que você faria e que, talvez, já tenha feito várias e várias e várias e incontáveis e muitas e mais várias vezes. O que há de ser feito, consciência, por isso que não falamos, mesmo que saibamos que possa ser feito ou não aquilo que exatamente queremos. Mesmo sem dizer, é dito e você sabe o que é do agrado e o que pode salvar tudo, senão, diferente de fazê-lo, é quando pode vir erupção, avalanche, terremoto. Coisas que podia ter evitado com uma única escolha, modificando tudo, melhorando tudo.  E no fim, uma escolha...sua escolha.

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