quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Contra a maré.

     Como se a velha história de espelho quebrado trazer má sorte por sete longos anos desse certo, a maré de azar parece correr em efeito dominó. Passamos sob a escada, pelo gato preto, quebramos o espelho, entramos com o pé esquerdo em algum lugar, não desviramos o chinelo, estamos numa sexta-feira 13 e podemos ter nos esquecido de bater na madeira por três vezes, para evitar o azar. Porém, não.
     Deixamos que as coisas aconteçam e não nos damos conta de tal coisa ou gravidade da mesma. Com aquele famoso "jeitinho brasileiro" de deixar tudo para lá, nós realmente deixamos e, mais tarde, sofremos tais consequências. Ao invés de evitarmos problemas ou de resolvê-los, evitando outros maiores, deixamos, levamos com a barriga. Mas, sabemos bem que é a forma mais errônea de agir, já que sempre nos levamos a fazê-lo e sempre nos damos mal. Entretanto, fazemos.
     Descarregamos nossas energias em nossos atos, daí nos ferimos. Logo mais, estamos de frente com o mesmo obstáculo que não enfrentamos anteriormente. E quando olhamos para o lado, pensando que estamos sós, é quando nos surpreendemos: aqueles nossos amigos estão sofrendo com o mesmo. Pois, é. Seja maré de azar, zica ou o que quiser chamar, é o que for. Mas, parece ser um mal necessário para que a gente possa crescer.

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