quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ao cantar da patativa, outro sol já vai nascer ♪



   Dia 31 de dezembro, 20h06m... um novo ano se aproximava. Como sempre é dito, de maneira "clichêsca": Ano Novo, vida nova! Vida nova por vários fatores. Para ele, era vida nova por não estar mais com alguém que fazia parte de sua vida há anos, tendo que reaprender a viver outra vez sem ter por perto esse alguém, sua antiga namorada. Porém, havia uma outra garota na história. A garota sentia por ele um afeto, um carinho especial...secretamente, é claro. Como ela falaria isso para ele(?): "Oi, eu gosto do par que seu olhar e seu sorriso formam. Você gostaria de, por obséquio, olhar em meu olhar e sorrir comigo?" - Acho que não.
   Ela era apenas uma pessoa qualquer, que não estaria em seu pensamento nem em sua memória, mas que mesmo assim, queria vê-lo feliz. Não direi que ela não queria estar ao seu lado, porém, ela queria vê-lo sorrir, mesmo que não estivesse ao seu lado. Na verdade, como ela poderia estar ao seu lado se ela nem poderia chamá-lo de "mero conhecido"? Nem assim poderia chamá-lo! Tudo o que poderia fazer seria esperar e esperar...apenas, esperar o momento em que seus olhos se encontrariam com os olhos dele - Ah, que olhos! - e seu sorriso estivesse sorrindo para o sorriso dele - Ah, e que sorriso era aquele!? Encantamento, delírio, doçura.
   A antiga namorada dele não havia colocado um fim na relação, por isso, haviam coisas para serem faladas, escutadas - ouvir difere de escutar - e compreendidas...ou não? Ela temia que a antiga namorada conseguisse tê-lo de volta, até porque...ela já tinha tido sua chance, e estragou, "acabou" um relacionamento que ela tanto sonhava. Mas, como nada era tão justo naquele ano, até seu fim não foi tão justo assim. O ano acabava e havia solidão nos três lados. Não havia amor, não havia nada. Mas, havia o céu, havia um mar, haviam fogos e havia uma areia, que a consolava, enquanto não se aproximava do momento em que ela teria a chance de ser sua atual, pelo menos, amiga. Tudo o que realmente importava, era que ela o pudesse fazer sorrir, dizer que gostava dele e abraçá-lo quando quisesse.
   Naquele momento, ela sabia que não poderia fazer nada quanto a estar com seu "príncipe encantado platônico", todavia, desejava que fossem colocados esses "pingos nos is" logo e que fosse feito o melhor, independente do que fosse esse melhor e, embora, ela sofresse uma "desilusão platônica" com isso. Enfim: "Desejo que você tenha a quem amar, e quando estiver bem cansado, que ainda exista amor para recomeçar. Para recomeçar..." - Mesmo quando as coisas pedem calma, não podemos parar, temos que seguir em frente e pronto. São reticências, não um ponto final. Se ele estiver cansado mesmo, vai haver um novo amor, porque todo fim é um recomeço; se a vida ainda não acabou, foi apenas uma etapa que passou e as etapas acabam quando novas etapas se iniciam. Para todo fim, há um recomeço e, só se termina o que já começou. É só deixar o vento levar. Não temos tempo para perder...

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