domingo, 20 de dezembro de 2009

Je ne sais pas dire je t'aime.


   Nunca havia se decepcionado tanto com alguém. Eram inevitáveis as lágrimas, e tudo o que fazia era fingir que não importava... até que chegou um dia em que, realmente, deixou de se importar. Deixou de se sentir só, de sentir vontade de chorar, de não querer comer e de pensar tanto em como 'tudo' tinha dado errado. Entendeu - finalmente, eu diria - que era um passatempo, só mais um alguém, um alguém que não era sua vida, e tudo aquilo deu errado para acontecer o certo.
   Ainda lembra, por vezes, bem daquelas palavras que ele havia dito em sua última conversa: "Quando puder, sempre vou te fazer sorrir" - Ah, claro! Mas, acho que o que você fez mesmo foi deixar a chave na mesa, sem bilhetes e sem explicações, como se não se importasse, simplesmente.
  Apesar de tê-la feito rir e chorar, hoje, ele só a faz rir...dele e dela mesma. E aquela chave que ele havia deixado na mesa, é recordação. Trocada a fechadura da porta, sem o bilhete que nunca havia deixado, foi uma forma de realmente ter fechado a porta... Quão tolos foram!

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