quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Anitelli.

"As cortinas se abrem e eis que surge um poeta, um palhaço..."



   Quiçá, preterido por pessoas que observem como impossibilidade a possibilidade de um resultado real da soma entre razão e a sensibilidade. É uma geração erroneamente revolucionária, que não compreende valores verdadeiros e calam ao som de uma voz que seja "maior" que a sua - o que não existe de verdade. Sim, sou dessa época, mas não sou dessa geração. Anacronismo, essa palavra pode me resumir bastante. Gosto de valores antigos, onde havia o cavalheirismo, flores e serenatas; casamentos duravam; músicas eram, realmente, músicas; revoluções eram para reinvidicar sobre o que era importante; e além de tudo, havia respeito e amor leal aos ideais tidos. E hoje, o que nos resta? Não é pseudo-superioridade, é que há abstinência. Sim, abstinência de coisas simples, talvez, pequenas e que fazem total diferença. É a falta de palavras mais doces ou mais positivas, e até mesmo, um pouco reinvidicativas.
   E aí está... o Fernando. Inventa e reinventa palavras, muda tabus e mitos, transforma pensamentos, descreve aromas e sabores, difere o indiferente. É poeta, cantor, palhaço, dançarino, ator, mágico,... pode ser o que quiser, o que sonhar, pois está em seu palco, em sua casa. Descreve o amor com poucos versos, de todas as formas; com todos os "entretanto" e "contudo" que poderiam - ou não - haver; com poucas, singelas e, complexamente, complexas. Fala de Lispector, de Hesse, de Pessoa,... transforma a literatura em poesia, a literatura poética em melodia, em canto, em expressão. É poeta, é cantor, é tudo em um só. É complexo, mas os que entendem não precisam revirar o "Aurélio", é só procurar sentir e, assim, perceberá o que cada arranjo tem a dizer. É, Fernando Anitelli... você conseguiu fazer do Teatro, Mágico!

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