segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ana e o mar

Baseada em "Ana e o mar": canção de Fernando Anitelli, líder da trupe e idealizador do projeto d'O Teatro Mágico)



Descalça na areia. Buscava, até no céu, as mais perfeitas conchas.
Sangue corria forte na veia. Estavam a dançar, no mar, as ondas.
Andava em direção ao mar. Como já não bastasse seu balançar,
Andava nas estrelas. Ela andava no luar. Ah, mar...


O céu, um manto. O véu, recanto.
Era sereia. Sereia até na areia.
Cantava o canto. Um tanto triste, entretanto.
Sem o mar, só meia. Farol, praia, lua cheia.


Pele. Sentia a brisa. Brisa alisa a lisa pele. Brisa a pele lisa alisa.
Ali se fazia um marco. Era areia. Era mar. Era brisa. Era barco.
Estava apaixonada, pobre Ana, pelo mar. Sequer sabia como amar.
Amava as estrelas. Ela amava o luar. Ah, mar...


Ele descobriu, assustou-se e sorriu.
Apaixonou-se por Ana. Não pela lagoa, como previu.
Sem vê-la há uma semana: Oh, mar de dor!
"Ana e o mar", mar e Ana. Soneto de amor.

Um comentário: