quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Las cenizas.


   Despertou. Já não estava no antigo quarto. Olhou para o lado esquerdo da cama. Ele já não estava mais lá. Ela não tinha mais aquela vontade de voltar à sua rotina normal, pois ele não estava mais nela. E acordar, era só... acordar. O sol e o edredon não bastavam. Não havia mais seu calor. Não havia mais nada. Só restavam ali as cinzas de um amor morto. Não havia 'morrido' realmente, ele insistia em viver. Apenas, as lágrimas o afogavam. Ela até que tentava, mas a borracha só apagava a tinta do que estava escrito, não apagava as marcas de quem escreveu. E quanto mais tentasse apagar, o papel rasgava. Estava só. O aroma de seu shampoo ainda estava no travesseiro; seu pefume estava nos lençóis; seu calor havia se perdido no corpo dela; ela ainda podia sentir seu hálito de menta e seus dedos a dedilhá-la, seu cafuné. Mas, ele não estava mais lá. Ele não estava.

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